Bolsas caem antes da decisão sobre juros do Fed e após resultados de big techs; os destaques do mercado hoje

1 year ago 54

Os índices futuros dos Estados Unidos e bolsas da Europa operam com baixa, mesma direção de fechamento dos mercados asiáticos nesta quarta-feira (26), com investidores digerindo resultados de big techs e à espera da decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed). Há uma unanimidade entre os analistas de que o Fed deve optar por uma alta de 25 pontos-base hoje.

A expectativa também é que o banco central americano deve deixar a porta aberta para outro incremento à frente, mas que isso pode nem acontecer caso os dados macroeconômicos sigam a atual tendência, de desinflação e esfriamento da atividade. Por outro lado, a resiliência do mercado de trabalho ainda preocupa e coloca um risco de outra alta até o final do ano.

No after hours, Alphabet (GOGL34), empresa-mãe da ferramenta de buscas Google, subiu mais de 6%, pois o faturamento foi impulsionado pela unidade de computação na nuvem. Por outro lado, as ações da Microsoft (MSFT34) recuaram mais de 3% depois de relatar a desaceleração do crescimento da receita da nuvem. Nesta quarta, é a vez da Meta (M1TA34), dona do Facebook.

Por aqui, o Ibovespa superou os 122 mil pontos e fechou no maior nível em dois anos na véspera, impulsionado por promessas de estímulo na China e pela queda na prévia da inflação oficial.

No campo corporativo, o Santander Brasil (SANB11) dá o pontapé inicial à temporada de resultados dos “bancões” nesta manhã de quarta-feira. Além do Santander, destaque para o relatório de produção e vendas da Petrobras após o fechamento do mercado. Ainda depois do fechamento, Assaí (ASAI3), EDP Brasil (ENBR3) e GPA (PCAR3) divulgarão seus números.

Na frente política, Fernando Haddad, ministro da Fazenda, concede entrevista ao vivo para o portal Metrópoles a partir das 14h.

1.Bolsas Mundiais

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA operam em baixa nesta manhã de quarta-feira, enquanto investidores estão em contagem regressiva para a última decisão de política de taxa de juros do Fed e a subsequente conferência de imprensa com o presidente da instituição, Jerome Powell, agendada para a tarde de quarta-feira.

O mercado está precificando cerca de 98% de chance de o banco central aumentar as taxas de juros, de acordo com a CME FedWatch Tool. Isso marcaria um retorno aos aumentos depois de não aumentar as taxas de juros na reunião de junho.

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Além da decisão de política monetária, os investidores continuarão acompanhando a safra de balanços nesta quarta-feira. Coca Cola, Stellantis, Boeing e AT&T estão entre as empresas que reportam dados trimestrais antes da abertura, enquanto a Meta, Chipotle e Mattel divulgarão resultados após o fechamento do mercado.

Veja o desempenho dos mercados futuros:

  • Dow Jones Futuro (EUA), -0,17%
  • S&P 500 Futuro (EUA), -0,04%
  • Nasdaq Futuro (EUA), -0,17%  

Ásia

Os mercados asiáticos fecharam com baixa, com os investidores se preparando para a decisão do Federal Reserve nos EUA. Espera-se que o Fed aprove o que seria o 11º aumento da taxa de juros desde março de 2022.

O Kospi, da Coreia do Sul, liderou as perdas na região e caiu até 1,67%, arrastado pelas ações de tecnologia e serviços ao consumidor.

No Japão, o Nikkei 225 caiu marginalmente, estendendo suas perdas de terça-feira e fechando em 32.668,34 pontos, enquanto o índice Hang Seng, de Hong Kong, recuou do rali de terça-feira e caiu 0,31%.

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Enquanto isso, o Shanghai Composite, da China, caiu 0,26%.

Já o S&P/ASX 200, da Austrália, subiu 0,78%, atingindo seu ponto mais alto desde fevereiro de 2023. A taxa de inflação anual da Austrália cresceu 6% no trimestre de junho, abaixo dos 7% observados no primeiro trimestre, mostraram dados oficiais.

  • Shanghai SE (China), -0,26%
  • Nikkei (Japão), -0,04%
  • Hang Seng Index (Hong Kong), -0,36%
  • Kospi (Coreia do Sul), -1,67% 
  • ASX 200 (Austrália), +0,85%

Europa

As principais bolsas da Europa recuam nesta quarta-feira, em meio a uma série de resultados corporativos e antes da decisão de política monetária do Fed nos EUA.

Na quinta-feira, é a vez do Banco Central Europeu (BCE, na sigla em inglês) se reunir para decidir o rumo da política monetária no velho continente. Os juros no bloco econômico, atualmente em 3,5%, estão no maior patamar em 22 anos. O consenso Refinitiv prevê mais um ajuste para cima em 25 pontos-base.

As ações da britânica Rolls-Royce são destaque da sessão, com alta de 20% depois de aumentar sua previsão de lucro para o ano.

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  • FTSE 100 (Reino Unido), -0,28%
  • DAX (Alemanha), -0,48%
  • CAC 40 (França), -1,25%
  • FTSE MIB (Itália), -0,01% 
  • STOXX 600, -0,50%

Commodities

As cotações do petróleo operam com baixa na sessão de hoje, depois que dados da indústria mostraram um aumento nos estoques de petróleo dos EUA, mas as perdas foram limitadas em meio a sinais de oferta global mais apertada e esperanças de estímulo econômico da China.

Os preços do minério de ferro na China fecharam em alta, ainda repercutindo esperanças de estímulos do governo chinês ao setor imobiliário.

  • Petróleo WTI, -0,48%, a US$ 79,25 o barril
  • Petróleo Brent, -0,40%, a US$ 83,30 o barril
  • Minério de ferro negociado na bolsa de Dalian teve alta de 1,76%, a 866,00 iuanes, o equivalente a US$ 121,11 

Bitcoin

  • Bitcoin, -0,04% a US$ 29.217,85 (em relação à cotação de 24 horas atrás)

2. Agenda

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A agenda desta quarta-feira é marcada pela decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed), Banco Central dos Estados Unidos. A decisão será publicada às 15h (horário de Brasília). O mercado está precificando cerca de 98% de chance de o banco central aumentar as taxas de juros, de acordo com a CME FedWatch Tool.

Brasil

8h30: Transações correntes

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8h30: investimento estrangeiro direto

10h: Fernando Haddad, ministro da Fazenda, participa da Abertura da Coletiva de Imprensa sobre “Novo Ciclo de Cooperação Federativa”

14h: Haddad concede entrevista para o portal Metrópoles com Igor Gadelha, Guilherme Amado e Flávia Said (ao vivo)

16h: Haddad se reúne com Santiago Chamorro – Presidente da General Motors (GM) para América do Sul

EUA

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8h: Índice de hipoteca MBA

11h: vendas de casas novas

3. Noticiário econômico

Serasa vê alta de 62% em renegociação de dívidas

As negociações de dívidas nas plataformas da Serasa registraram um salto na primeira semana do Desenrola Brasil, o programa lançado pelo governo para retirar brasileiros que estão com nome negativado em cadastros de crédito.

De acordo com dados divulgados ontem pela empresa, 231,9 mil negociações com bancos foram intermediadas pelo Serasa Limpa Nome desde a segunda-feira da semana passada, quando começaram a valer as duas primeiras etapas do programa. Na comparação com a terceira semana cheia de junho (de 19 a 25), esse número de negociações representa um crescimento de 62%. Frente à semana imediatamente anterior de julho (de 10 a 16), a alta nas negociações foi de 47% .

O volume de descontos concedidos nessas negociações com bancos chegou a R$ 974 milhões na primeira semana do Desenrola, quase o dobro (alta de 97%) da cifra semanal apurada um mês antes.

4. Noticiário político

Baixa nos juros por BC tem de ser maior que 0,25 ponto, diz Rui Costa

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, disse na última terça-feira, 25, que tem convicção de que o Banco Central baixará a taxa de juros. Segundo ele, uma redução de 0,25 ponto não é suficiente.

De acordo com Rui Costa, a baixa dos juros é a única coisa que falta para que o Brasil tenha crescimento mais consistente. O Comitê de Política Monetária (Copom) se reúne nos dias primeiro e dois de agosto. 

5. Radar Corporativo

Carrefour Brasil (CRFB3)

O Carrefour Brasil (CRFB3) registrou baixa de 95,2% no lucro líquido ajustado no segundo trimestre de 2023 em relação a igual período do ano passado, saindo de R$ 600 milhões para R$ 29 milhões.

O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado foi de R$ 1,339 bilhão, queda anual de 21,7%. Isso levou a uma queda da margem Ebitda ajustada de 2,0 p.p. (pontos percentuais), para 5,2%.

Telefônica Brasil (VIVT3)

A Telefônica Brasil (VIVT3), dona da Vivo, reportou lucro líquido consolidado de R$ 1,121 bilhão no segundo trimestre de 2023 (2T23), montante 50,3% superior ao reportado no mesmo intervalo de 2022.

O lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) totalizou R$ 5,085 bilhões no 2T23, um crescimento de 11,1% em relação ao 1T22 e acima do consenso Refinitiv que esperava Ebitda de R$ 4,97 bilhões.

Neoenergia (NEOE3)

A Neoenergia (NEOE3) reportou lucro líquido atribuído aos controladores de R$ 728 milhões no segundo trimestre de 2023 (2T23), montante 32% inferior ao reportado no mesmo intervalo de 2022, informou a elétrica. De janeiro a junho, o lucro da companhia totalizou R$ 1,943 bilhão, montante 15% menor do que o reportado no primeiro semestre de 2022.

(Com Estadão, Reuters e Agência Brasil)

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