Chile bate recorde de inflação para os últimos 30 anos

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Negócios

Conforme dados recente reportados nesta sexta-feira (6), o Chile fechou o ano de 2022 com uma inflação de 12,8%, sendo a maior taxa anualizada para o país no acumulado dos últimos 30 anos.

Segundo o Instituto Nacional de Estatísticas (INE), a taxa de inflação do Chile aumentou 0,3% em dezembro ante novembro.

Com isso, ficou em 12,8% e superou em mais de cinco pontos percentuais (p.p.) a inflação acumulada do ano de 2021, ano em que se registrou uma forte alta no custo de vida, após os chilenos retirarem mais de US$ 51 bilhões de seus fundos de pensões, que se somaram a outros US$ 35 bilhões em ajudas para enfrentar a pandemia, inundando o mercado com um excesso de liquidez.

Além disso, houve no ano passado o impacto da invasão russa na Ucrânia, com altas nos preços globais de grãos e combustíveis.

O Chile depende do petróleo estrangeiro quase em sua totalidade e o aumento de seu valor afeta toda a cadeia de produção.

Inflação no Chile deve seguir acima dos dois dígitos

Especialistas projetam que, no primeiro trimestre, a inflação do Chile se manterá acima dos dois dígitos.

O Banco Central estima que 2023 fechará com uma alta de 3,6%, enquanto o consenso dos analistas preveem entre 4% e 5%.

Para frear conter essa escalada inflacionária que fez com que o país quebrasse o recorde para os últimos 30 anos, o Banco Central do Chile iniciou em meados de 2021 um ciclo de altas na taxa básica de juros.

No seu último ajuste, em dezembro, a autoridade monetária chilena elevou a taxa em 0,50 ponto percentual (ou 50 pontos base) para atuais 11,25%.

Na ocasião, o Banco Central advertiu que ela seguirá nesse nível até que se consolide uma diminuição da alta no custo de vida.

Atualmente, a meta de inflação anualizada do Banco Central do Chile é de 3%, quase dez pontos percentuais abaixo da taxa mostrada pelos dados divulgados pela INE nesta sexta (6).

Com Estadão Conteúdo

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