Conselho Federal de Corretores de Imóveis autoriza uso de blockchain para registro de documentos no setor

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A iniciativa inédita tem como finalidade modernizar o processo de fiscalização do exercício da atividade de intermediação imobiliária ante às novas tecnologias utilizadas pelo mercado imobiliário

Conselho Federal de Corretores de Imóveis autoriza uso de blockchain para registro de documentos no setor

O Conselho Federal de Corretores de Imóveis (CONFECI) autorizou o uso da tecnologia blockchain para o registro de negociações e documentos no setor. A iniciativa inédita tem como finalidade modernizar o processo de fiscalização do exercício da atividade de intermediação imobiliária ante às novas tecnologias utilizadas pelo mercado imobiliário.

Segundo o CONFECI, o SGR possibilitará o registro de autorizações de intermediação de negócios imobiliários e permitirá que os fiscais atuem igualmente de forma virtual, "com mais eficiência e economia". Além disso, o CONFECI acredita que a medida deve reduzi substancialmente os conflitos no mercado imobiliário.

"O SGR permite o registro criptografado de contratos e documentos, com a segurança da tecnologia blockchain, com a vinculação automática de aditivos contratuais e documentos sequenciais, os quais poderão ser acessados a qualquer momento pelos responsáveis pelo registro, inclusive com a obtenção de cópias autenticadas", destaca a nova resolução.

O uso de blockchain no setor imobiliário nacional ocorre desde 2017 quando os primeiros casos de uso da tecnologia começaram a surgir no país. Desde então o uso evoluiu e atualmente a tecnologia está incorporada em todos os cartórios nacionais por meio do e-notoriado, um sistema desenvolvido pelo Colégio Notarial do Brasil/ Conselho Federal (CNB/CF).

Tecnologia em crescimento

Falando sobre o uso de blockchain no e-notoriado, a presidente do Colégio Notarial do Brasil – Conselho Federal, CNB/CF, Giselle Oliveira de Barros, destacou em entrevista ao Cointelegraph que o uso de novas tecnologias no oferecimento de serviços digitais nos cartórios do Brasil devem impulsionar ainda mais a digitalização do setor.

Assim, segundo Giselle, o e-Notariado, plataforma em blockchain do CNB/CF e que é utilizada por mais de 7 mil cartórios no Brasil, ajuda a reduzir os custos da atividade e também acelerar o trânsito dos documentos.

“O e-Notariado coloca os Cartórios de Notas no século 21. É uma ferramenta importante que traz mais agilidade para o atendimento dos tabelionatos, ajudando também em todo o trânsito de documentos e na redução de custos indireta. Tudo feito de forma segura. Esperamos ver um crescimento em 2021 no uso da plataforma e-Notariado em todo o Brasil. ” destacou.

Ainda segundo o CNB/CF a ferramenta também está está em constante aperfeiçoamento e novas funcionalidades estão previstas para 2021.

Uma delas, já em operação, permite que o cidadão converta um documento físico para o formato digital e, a qualquer momento, pode transformar novamente este documento digital em uma versão física, em qualquer parte do Brasil, com o uso de blockchain.

“O módulo de autenticação de documentos em formato digital (CENAD) utiliza uma tecnologia blockchain própria dos notários, chamada de Notarchain. Com ela o cidadão pode levar um documento físico ao tabelionato e “desmaterializar” ele (digitalizar). O tabelião então vai autenticar essa cópia digital assegurada pelo Notarchain e disponibilizá-la ao cidadão como PDF, para ele enviar pelo WhatsApp, e-mail, etc. Quem receber a cópia pode “rematerializar”o documento autenticado em um cartório novamente”, afirmou o CNB/CF.

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