França fecha o cerco contra corretoras de criptomoedas

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O banco central da França, por meio de seu presidente François Villeroy de Galhau, anunciou que pressionará corretoras de criptomoedas que operam no país, inclusive a Binance, que deve obter uma licença de funcionamento.

Ao todo, são estimadas que 60 empresas do setor recebam novas recomendações da autoridade monetária francesa, devendo elas se adequar ao processo o mais rápido possível.

De acordo com a Bloomberg Law, as novas regras são mais rígidas e devem ser cumpridas obrigatoriamente. Contudo, a medida pode mudar a imagem da França no setor, que vinha sendo construída como um país pró-criptomoedas.

Banco central da França quer impor medidas mais duras contra corretoras de criptomoedas

A culpa pelas novas medidas anunciadas pelo presidente do banco central da França é a recente volatilidade do mercado. Corretoras quebraram, como a FTX, além de criptomoedas como a Terra (LUNA) deixarem rastros de prejuízos.

Com várias empresas operando em território francês possuindo apenas licenças leves, o governo estaria preocupado com problemas do setor.

Assim, a autoridade monetária francesa não quer esperar regras europeias para o setor, se antecipando para cobrar o cumprimento de obrigações mais rígidas.

Nenhuma corretora de criptomoedas que opera na França tem tal licença, que deverá ser providenciada a partir de 2023, para conter qualquer crise no mercado. Antes, as regras mais rígidas eram opcionais para empresas do mercado de criptomoedas.

Para regular o setor, a Autorité des Marchés Financiers (AMF) na França deve cuidar das novas medidas, que ainda não estão claras sobre como podem afetar o mercado de criptomoedas no país nos próximos meses.

Binance diz ajudar autoridades, mas não comentou regras

Em publicações após a repercussão das medidas na França, a Binance não divulgou nenhum comunicado específico sobre as novas licenças obrigatórias do país.

Vale lembrar que a França faz parte da estratégia da Binance de se mostrar pró-regulamentação. Nos últimos meses, por exemplo, a corretora inclusive anunciou o território como sendo de sua possível sede global.

Após o caso francês ganhar repercussão, contudo, a corretora divulgou suas ações envolvendo treinamentos de autoridades e cooperações com investigações em vários países.

"No ano passado, a Binance colaborou com agências globais de aplicação da lei em todo o mundo para prevenir, investigar e combater crimes cibernéticos."

Over the past year, #Binance collaborated with global law enforcement agencies worldwide to prevent, investigate and fight cyber crimes.

🧵 Here's a thread highlighting our efforts to date. pic.twitter.com/g3rc0cw0eT

— Binance (@binance) January 5, 2023

No Brasil, a Binance capacitou agentes de investigação no Ministério Público do Rio de Janeiro. O país é outro que a corretora busca regularizar sua atuação, visto que a Lei das Criptomoedas foi sancionada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro em dezembro de 2022 e deverá entrar em vigor em até seis meses.

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